Pesquisa mostra como a qualidade ambiental impacta a saúde cognitiva e o desempenho escolar

Ciência 

Cientistas da Universidade Monash (Austrália) realizou um estudo profundo sobre a poluição diária do ar. O trabalho, publicado na revista The Lancet Planetary Health, é a primeira pesquisa sobre a poluição atmosférica diária por PM 2,5 que leva todo o mundo em consideração. A conclusão é que quase não há lugar seguro na Terra para respirar ar limpo. De acordo com a pesquisa, a poluição diária do ar é tão alta que a população mundial enfrenta risco constante de problemas de saúde respiratória, aumentando o risco de doenças cardíacas, pulmonares e doenças respiratórias crônicas.

Os cientistas também descobriram que nenhum país está imune à poluição do ar. Embora alguns possam ter melhores regulamentações ambientais em vigor, a poluição ainda é um problema sério. A boa notícia é que a conscientização sobre os efeitos danosos da poluição do ar está aumentando. Alguns países, como a China, estão adotando medidas significativas para reduzir a poluição do ar. Cada vez, há mais pesquisas e esforços para limpar o ar global. 

Recentemente, uma outra pesquisa, realizada pela Fundação Getúlio Vargas, trouxe à tona dados preocupantes sobre a influência da poluição no desempenho escolar dos estudantes. Os resultados indicam que a qualidade do ar em regiões com maior índice de poluição prejudica o rendimento acadêmico de crianças e adolescentes, tanto em sua capacidade de aprendizagem, quanto na manutenção de sua saúde mental. 

Segundo Weeberb Réquia Júnior, que lidera a pesquisa, quanto maior a poluição ao redor das escolas, menor é o nível de cognição dos estudantes, o que acarreta em menor desempenho escolar. Ele afirma que esta hipótese já foi provada em outros países. Ele afirma:

“Suponha que em uma região bastante urbanizada e movimentada da sua cidade tenha um colégio, no qual os alunos passam grande parte de seus dias. Lá, eles ficam expostos a qualidade ambiental daquele lugar e quando uma criança ou adolescente respira o ar poluído, os gases e particulados atmosféricos atingem diversos órgãos no corpo humano, comprometendo o funcionamento dos sistemas respiratório, circulatório e até mesmo o sistema nervoso, capaz de impactar no desempenho cognitivo. Apesar de esses fatores impactarem em resultados de provas, como por exemplo no Enem, é necessário entender que antes ocorreu este processo biológico”.

Essas informações nos alertam sobre os perigos que a poluição ambiental representa para a educação, e nos levam a considerar ações que possam contribuir para o bem-estar dos estudantes. Por isso, é fundamental que as autoridades competentes tomem providências eficazes para garantir que os alunos – crianças e adolescentes – tenham acesso a um ambiente saudável – conforme determinado por nossa constituição, de forma que eles possam desenvolver melhor seus estudos e suas habilidades. Além disso, é importante que os pais e professores promovam a conscientização sobre a necessidade de preservar o meio ambiente. Um dos caminhos é estimular os alunos a desenvolver hábitos saudáveis e a aprender sobre questões ligadas à sustentabilidade

É essencial que a sociedade esteja ciente dos riscos que a poluição representa para os estudantes e que todos trabalhem juntos para minimizar seus efeitos, preservando o meio ambiente e garantindo o direito de todos à educação de qualidade. 

fontes:

Pesquisa Portal FGV

Artigo The Lancet

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